Digital interactivity

The classification under this term should identify information on alternatives open to the actors communicating via cyberspace. The focus is the new efficiencies and complexities added to human communications by cyberspace. Both theory and practice should be reunioned under this theme.

A complexidade e o fim das utopias finalistas

Ao aumento da escala provocado pela virtualização, soma-se a questão da complexidade. Existe um movimento de crise da percepção que é potencializado pela explosão informacional, que resulta na multiplicidade de pontos de vista. A Internet, através da virtualização do espaço social, contribui para a instauração do complexo como novo paradigma. A realidade não é mais redutível e, como demonstram Deleuze e Guattari, as tentativas de explicação da realidade por modelos englobalizadores fracassam [1995].

Operações do digital: a Virtualização

Para completar o quadro, precisamos encarar a questão da virtualidade discutida por Pierre Lévy em seu O Que é o Virtual?. Ele demonstra que o virtual não se opõe ao real, uma vez que o real é uma condição das substâncias e o virtual uma condição dos acontecimentos. O virtual opõe-se ao atual, pois ele propõe uma rede de tendências, de problemas, de situações possíveis, enquanto o atual é uma solução particular.

Operações do digital: a Conectividade

A conectividade é a segunda operação fundamental do encontro do PC com as possibilidades da comunicação mediada por computador. Os bits são endereçáveis, portanto, em um meio compartilhado como a Internet, é possível enviar mensagens para serem lidas por seus destinatários [Negroponte 1995:Part One]. Também é possível estabelecer conexões entre elementos digitais armazenados em locais físicos distantes ou imediatos. A capacidade de remissão que, como vimos, é a característica básica do hipertexto, é elevada a uma nova potência, quando colocada em rede.

Operações do digital: a Digitalização

No imbricamento entre o PC e a CMC que funda a cultura digital, se encontra a operação de digitalização. Nicholas Negroponte faz da afirmação redundante “bits são bits” o título da primeira parte de seu livro Being Digital [1995], para reforçar a idéia de que as palavras, imagens e sons que nos são apresentados pelas interfaces do computador são, antes de mais nada, conjuntos de zeros e uns. É a digitalização que viabiliza três características marcantes das manifestações da cultura digital: a multimodalidade, o hipertexto e a simulação.

A gênese da cultura digital

Se como vimos, as fronteiras da cultura digital são largas, cabe então discutir sua gênese e seus principios de fundação. De maneira simples, podemos dizer que a cultura digital é aquela que acompanha a comunicação mediada por computador. Porém, é preciso tomar um cuidado. Embora a CMC possa ser recorrida até às experiências iniciais que originaram a Arpanet, a rede ancestral da Internet, na década de 60, é preciso ressaltar que somente a partir de uma determinada quantidade de atores conectados é que a rede atinge maturidade para constituir uma nova cultura.

O pensamento na Cultura digital

Dentro do campo da cultura digital, também se identificam novos processos de produção e acumulação do conhecimento. É a inteligência coletiva que Lévy identifica como “um dos principais motores da cibercultura” [1999:28]. O conhecimento interconectado que reside no ciberespaço constitui uma nova forma de memória cultural: coletiva como a que reside nas bibliotecas, porém muito mais dinâmica e múltipla, visto que é não mediada por uma indústria do saber que exclui o que não valida.

Algumas implicações sociais da cultura digital

Para que possamos entender a cultura digital como um fenômeno abrangente, também é preciso identificar suas manifestações fora do ambiente do discurso. É preciso perceber suas implicações nas relações sociais que florescem no ciberespaço.

Experimentações premonitórias do discurso pós-moderno

Assim como as manifestações da cultura digital excedem o suporte digital, suas formas também se anteciparam no tempo. Janet Murray, na sua brilhante exploração sobre a narrativa digital, Hamet on the Holodeck – The Future of Narrative in Cyberspace [1997], traça as origens do discurso digital em diversas obras culturais que antecedem a formação de uma cultura digital, aceitando-se que esta só se faça presente quando a comunicação mediada por computador passa a ocupar um papel relevante na experiência humana, como veremos a seguir.

Cultura Digital: As fronteiras do discurso digital

Embora seja historicamente muito recente, o universo da cultura digital é por natureza profícuo. Suas dimensões são da escala do inimaginável. A quantidade de produção que pode ser considerada cultural é assustadora. A Internet, principal repositório das manifestações da cibercultura, é um universo infindável de textos, imagens e sons que se conectam de maneira múltipla e intrincada.

Capítulo I: Conceitos

O primeiro estágio desta dissertação é colocar em perspectiva os três principais conceitos que operam no universo temático escolhido: a interatividade, o fenômeno em análise; a cultura digital, o território de atuação no qual se analisa o fenômeno; e a interface, o principal operador do fenômeno neste território.

Pages

Subscribe to RSS - Digital interactivity