Digital interactivity

The classification under this term should identify information on alternatives open to the actors communicating via cyberspace. The focus is the new efficiencies and complexities added to human communications by cyberspace. Both theory and practice should be reunioned under this theme.

Capítulo II: Dimensões

Neste capítulo, pretendo propor um método de análise para a interatividade na cultura digital. Pretendo destacar as operações que diferenciam as possibilidades comunicacionais dos mecanismos de interação que atuam no ciberespaço. Identificando este conjunto de possibilidades, acredito ser possível instrumentalizar uma avaliação das condições de significação destes mecanismos, vis a vis os objetivos que motivam seu desenvolvimento e sua utilização.

Elementos da interface

Nos primórdios da cultura digital, a interface constitui-se, singularmente, de: cursor, um pequeno traço piscando abaixo da altura do texto; linhas de comando indicadas pelo sinal de maior, na parte esquerda da tela; texto; e algumas raras imagens simbólicas constituídas por enormes quadrados. Estes elementos eram visualizados em monitores monocromáticos e nosso único mecanismo de manipulação do computador era o teclado. A evolução que se operou em 20 anos foi assustadora.

A interface enquanto metáfora

A interface condiciona o discurso, à medida que seus mecanismos ampliam ou restrigem as capacidades comunicacionais humanas. Voltando ao exemplo da sala de chat, a possibilidade de ignorar, automaticamente, as manifestações de um determinando participante, funciona como um acréscimo a nossas capacidades naturais, visto que não temos condições de desabilitar nossos sentidos de maneira tão seletiva.

A natureza transformadora da interface digital

Em última instância, o ciberespaço é constituido de pulsos elétricos que transitam através de cabos telefônicos, fibra óticas, circuitos integrados e processadores. Como não temos condições de compreender estas informações neste estado, construímos mecanismos adequados a nossos sentidos. As interfaces reproduzem os pulsos eletrônicos na forma de símbolos que somos capazes de interpretar. Elas constituem as portas de entrada e saída do computador.

Graus de interatividade

O que o meio digital apresenta, de maneira inovadora, é o aumento de potência da participação ativa dos agentes na construção do sentido das mensagens. Antes de demonstrar as novas dimensões que estão implicadas no fenômeno da interatividade na cultura digital, que será o tema do próximo capítulo, quero apontar para algumas conseqüências desta potencialização da interatividade. “A possibilidade de reapropriação e de recombinação material da mensagem por seu receptor é um parâmetro fundamental para avaliar o grau de interatividade...” [Lévy 1999:79]

O potencial interativo da leitura

Qualquer processo de leitura pressupõe a interatividade do leitor com o escritor através da mediação do texto. O meio digital transforma este campo da interação de maneira bastante significativa, graças à digitalização e seus já discutidos mecanismos característicos: a multimodalidade, o hipertexto e a simulação. Cabe agora discutir como se altera a interatividade do leitor com o texto.

A mídia digital e a capacidade de diálogo

Um dos pontos mais interessantes sobre o meio digital é a ubiqüidade da capacidade de interação direta entre os agentes. Mesmo quando o formato da comunicação não pressupõe o diálogo em sua primeira instância, esta possibilidade é apresentada como forma de feedback pelo produtor de discursos digitais. Raramente, encontramos um site na Web que não disponibilize um email para contato.

Interatividade e produção de sentido

Em primeiro lugar, cabe delimitar que a interatividade, nos termos desta dissertação, deve ser entendida como atividade produtora de sentido, a partir da comunicação direta ou mediada entre dois sujeitos. Está, portanto, excluída a interação de um sujeito com um objeto que não implique significação. No entanto, não se atribui qualquer condição de sucesso à operação significação. A interatividade que buscamos analisar envolve, antes a intenção de um sujeito em comunicar algo, que sua habilidade em fazê-lo. Desta forma, como comenta Roy Ascott “...

Pages

Subscribe to RSS - Digital interactivity