Digital interactivity

The classification under this term should identify information on alternatives open to the actors communicating via cyberspace. The focus is the new efficiencies and complexities added to human communications by cyberspace. Both theory and practice should be reunioned under this theme.

Ritmo: Síncrono / Assíncrono

No eixo que regula o intervalo entre as ações e reações que compõem a interação, vou identificar dois pólos distintos: a interatividade síncrona que se define como aquela durante a qual os agentes não se desengajam do processo de comunicação e a interatividade assíncrona que, contrariamente, se caracteriza pelo desengajamento. A dificuldade desta proposição está na definição do engajamento, em especial, quando se leva em conta que, no meio digital, raramente, estamos envolvidos com uma única atividade.

Dimensão do Tempo

Para a questão da interatividade, a virtualização do tempo corresponde a novas possibilidades de suspensão e de retenção das mensagens que surgem em função da sua desmaterialização. Virtualizada, a mensagem retém o potencial de se atualizar de acordo com regras que permitem a manipulação dos intervalos interativos, assim como orientam a sua reprodutibilidade. O tempo linear contínuo não governa, de maneira soberana, a interação no ciberespaço, em função da capacidade de memória que é subjacente à operação de digitalização.

Polaridade: Escritor / Leitor / Neutra

Propor a existência de uma polaridade na produção de sentido entre escritor e leitor é bastante complicado. O primeiro cuidado é situar esta distinção na operação da interatividade. Ou seja, não estou preocupado com a produção primária do discurso, operação que tem como pólo significativo o escritor / produtor, nem estou preocupado com a compreensão do discurso, operação na qual a produção do sentido é ato do leitor / espectador. A comunicação invariavelmente envolve os dois pólos, sem que seja válido demarcar uma preponderância de um sobre o outro.

Método: Dinâmico / Procedimental / Pré-determinado

O sentido das mensagens que transitam através dos mecanismos de interatividade do ciberespaço pode ser produzido a partir de diferentes processos.

Mecanismo: Seleção / Diálogo

Os primeiros elementos da dimensão do sentido já foram discutidos quando apresentei o conceito da interatividade. Minha proposição é que a interação no meio digital opera uma seleção ou um diálogo. A primeira está, basicamente, associada à leitura, na medida em que interagir com um discurso digital implica selecionar entre as alternativas que foram previstas pelo seu autor.

Dimensão do Sentido

A dimensão do sentido é certamente a mais complexa de todas as dimensões que me propus analisar. A virtualização do sentido é um pressuposto da interação, seja qual for o suporte midiático que a abriga. A comunicação pressupõe que o sentido é seguidamente virtualizado e atualizado pelos agentes que se conectam em redes, ou ecologias cognitivas. [Lévy 1993] A interatividade é uma propriedade das tecnologias da inteligência que operam no ciberespaço. [Lévy 1999]

Identidade: Conhecida / Desconhecida

Outro fator importante da natureza do sujeito na interação, que ocorre no meio digital, é a determinação da identidade dos agentes da comunicação. Não há aqui o que constestar acerca da possibilidade de comunicação entre conhecidos ou desconhecidos. É claro que o diálogo em que um dos pólos desconhece a identidade do outro é menos corriqueiro que o desconhecimento do audiência pelo produtor na comunicação midiática, mas as cartas anônimas são um exemplo óbvio e antigo.

Natureza: Homem-Homem / Homem-Máquina

Obviamente, a defesa de que uma máquina possa ocupar, de maneira autônoma, qualquer um dos pólos da atividade de significação, remete à polêmica discussão acerca da inteligência artificial. Não pretendo entrar neste debate.

Fluxo: Um-um / Um-muitos / Muitos-muitos

A questão da quantidade dos agentes em fluxo, durante o processo de significação é caracterizada a partir da distinção discreta entre a unidade e a pluralidade. É claro que a idéia de pluralidade pode ser contestada, na medida em que a apreensão do sentido é sempre realizada por um indivíduo particular. Porém, se isto é válido na instância primária da significação, não é verdadeiro quando tomamos a interatividade na instância superior que compreende o alcance e a intenção dos objetos comunicacionais que a operam.

Dimensão do Agente

Quem está falando? Esta pergunta, que merece resposta simples e direta em uma ligação telefônica, é transformada em problema no ciberespaço. As mensagens desmaterializadas, que transitam nos ambientes digitais, operam a virtualização dos agentes da comunicação. Eles não estão presentes em suas mensagens e sua atualização se opera a partir de um campo complexo de possibilidades.

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