Digital interactivity

The classification under this term should identify information on alternatives open to the actors communicating via cyberspace. The focus is the new efficiencies and complexities added to human communications by cyberspace. Both theory and practice should be reunioned under this theme.

Para cada leitor um site diferente

Como vimos, a correta exploração das capacidades interativas do hipertexto constitui um desafio para a maior parte dos autores de discursos na Web. Entretanto, quando discursos complexos que utilizam este potencial de maneira intensa são criados, é o leitor que encontra dificuldades. A leitura de textos não lineares configura um problema para o leitor acostumado a seguir uma narrativa de começo ao fim [Murray 1997]. Estamos acostumados a nos apropriar de um discurso em sua totalidade.

A cada um, um pedaço de chão na WWW

A publicação de um site na World Wide Web está ao alcance de qualquer cidadão capaz de manipular um computador pessoal. Não é necessário conhecer linguagens de programação específicas, visto que vários serviços disponíveis na Internet permitem a construção de sites por meio de simples preenchimento de formulários eletrônicos.

Capítulo III: Mecanismos

O objetivo deste terceiro capítulo é a discussão dos mecanismos de interatividade presentes na cultura digital, vis a vis às dimensões formuladas no capítulo anterior. Vou agrupar os mecanismos em três conjuntos, em função de seus macro-objetivos comunicacionais, e discuti-los a partir de dois focos: suas funcionalidades e a interatividade que proporcionam. Os três macro-objetivos são: a publicação de textos para leitura; a viabilização de diálogos e a constituição de comunidades virtuais.

Localização: Imediata / Possível

Aqui, volto minha atenção para as coordenadas que levam aos agentes da interação que, de maneira geral, serão caracterizadas pelas condições de acesso à discursos interativos e / ou interlocutores de diálogos. Não interessa, efetivamente, aonde se encontram, mas, sim, o grau de dificuldade que tenho para encontrar os agentes com quem pretendo interagir. Vou dividir as ocorrências, neste eixo, entre dois pontos discretos: os agentes que se encontram imediatamente ao meu alcance; e os que me exigem um esforço de busca.

Acesso: Público / Privado

Apesar do polêmico e, muitas vezes, mal informado debate sobre a segurança no mundo digital, uma de suas grandes vantagens é a facilidade que temos para construir espaços privados cujo acesso é exclusivo àqueles que possuam senhas autorizadas. A maior parte do conteúdo da Internet é, notoriamente, público e essa característica está bastante presente no discurso da utopia tecnológica que acompanha o fenômeno. Mesmo assim, a possibilidade de restringir o acesso é tão essencial à interatividade no mundo digital, quanto à facilidade de replicar e distribuir seus objetos.

Metáfora: Simples / Complexa

Alguns ambientes digitais engendram espaços complexos, na medida em que agrupam seus conteúdos, os organizam em camadas e determinam múltiplos caminhos para conectá-los. Os MUD são ambientes digitais deste tipo que, na maior parte das vezes, operam associações com o espaço físico: salas, edifícios, cidades... A interação, nestes ambientes, implica percorrer estas metáforas. As conferências eletrônicas, também, criam estruturas complexas, quando organizam seus conteúdos dividindo as mensagens que as compõem por assunto e / ou referenciamento cronológico.

Dimensão do Espaço

A idéia de espaço é o produto da virtualização do digital mais intensamente discutido. Ainda que persistam as localizações físicas dos agentes humanos implicados na interação que se engendra digitalmente, estas localizações, em geral, não implicam ganhos ou perdas de eficiência para a significação que se pretende. Aqui, o que me importa, especialmente, é o espaço virtual que se estabelece a partir da capacidade de conexão dos agentes e dos discursos digitais que operam a interatividade no ciberespaço.

Simultaneidade: Favoráveis / Desfavoráveis

Por princípio, o meio digital é palco de simultaneidades. A interface gráfica com suas múltiplas janelas, a capacidade operada pelo processamento parelelo do computador e a manutenção concomitante de milhares de conexões por meio das redes são os motores básicos da simultaneidade. Em função disso, os habitantes do mundo virtual se habituaram a manter várias atividades em paralelo. Mesmo assim existem mecanismos de interação que propiciam simultaneidade e outros que a inibem; alguns que se aproveitam dela e outros que se prejudicam em função dela.

Retenção: Permanente / Fugaz

Aqui, está em jogo a capacidade de retenção em memórias digitais dos registros de interações particulares, pelos mecanismos que lhes dão suporte. O que pretendo diferenciar é se a interação produz objetos cognitivos que podem ser apreendidos a posteriori ou se ela é fugaz, não propiciando maior permanência que aquela que é necessária para sua própria consecução. A compreensão a posteriori, aqui implicada, não indica que a permanência seja uma propriedade de mecanismos de interação assíncronos.

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